Os cadernos tiré integram o projeto de mesmo nome e que lhes influencia em todo o processo de ser e estar: o projeto tiré.
Todo o trabalho em torno do acontecimento dos cadernos tiré se dá de maneira completamente artesanal, sem ceder a modelos industriais contemporâneos de cada vez mais alargar as escalas. No seu caso, os cadernos são feitos um a um, sempre manualmente, para depois serem avivados com ainda mais arte.
Nessa parte, o projeto tiré escolhe explorar o universo das gravuras, de forma que as idéias gráficas partam sempre de alguma pessoa integrante da coletividade que o compõe, para a partir daí, serem adequadas às técnicas do stencil, do carimbo e de toda a sorte de possibilidades matriciais, através das quais toda a arte visual do projeto é impressa nos cadernos.
E sobre essa arte e impressão, vale dizer que os modelos dos cadernos tiré são pensados em séries muito pequenas e exclusivas, com tiragens baixíssimas. E assim como acontece em alguns campos da arte, cada exemplar dos cadernos tiré leva em si, além da marca da coletividade que o funda(menta), a rubrica de quem o desenvolveu como proposta visual específica e as indicações da quantidade de cadernos pertencentes àquela tiragem, como de seu posicionamento específico dentro da mesma.
Sem contar que, como os processos são todos manuais, mesmo dentro de uma mesma série, os cadernos nunca serão exatamente iguais... O que é o mesmo que dizer que todo caderno tiré é sempre único.
Dessa maneira, os cadernos tiré são artesanato, escultura, artes plásticas, gravura... E mais que essas coisas todas, os cadernos tiré são um convite à co-criação. Pegue um lápis, caneta, pena, giz, pincel, nanquim, um dedo lambuzado de guache, o que quiser, e invente um novo conceito para ‘viver de arte’. Invente um novo jeito de fazer e usar caderno junto com a gente!
